Fortalecer a autoestima na adolescência é o maior desafio para os pais no contexto atual. Saiba porque neste post!

Para quem cresceu em décadas passadas, principalmente, antes da internet tomar conta do mundo, é difícil entender como seria crescer hoje.

Já parou para pensar nisso? Em como seria ser adolescente neste exato momento, com sua vida aberta nas redes sociais?

Agora imagine que sua autoestima depende da quantidade de likes de uma postagem no Facebook ou, do número de seguidores no Instagram.

Ou pior ainda… necessita agir, se vestir, e pensar como um influenciador, que as vezes não esta nem ai para bom senso, ética ou valores.

Em muitos sentidos, a adolescência continua sendo uma fase tão cruel quanto sempre foi, mas, a interação online permite novos e mais tipos de bullying.

Principalmente, o bullying que não se restringe unicamente a um círculo, mas, que se expande por toda uma comunidade.

Uma forma cruel de massificar sentimentos, desejos e até a própria identidade dos nossos filhos criados com tanto amor e zelo.

Dois mundos e o contraponto da construção da autoestima

Quando éramos adolescentes, nossos erros e vergonhas ficavam restritos pela velocidade com que as pessoas conseguiam transmiti-los verbalmente, certo?

Muitas vezes, outro adolescente tomava nosso lugar na fila da humilhação. Hoje, ao contrário, não há fila da humilhação, mas, um mural permanente.

E convenhamos, que mesmo nós, adultos, temos dificuldades para lidar com a “rejeição online”, muitas vezes em massa. A única diferença, é que não estamos mais em formação, já tomamos tantas lições, que aprendemos a engolir estas situações sem desespero.

Para um adolescente com problemas para se integrar ao meio social, entretanto, esta mesma rejeição, pode ter um impacto devastador.

Mas, digamos que você resolva, como pai ou mãe, tentar ajudar a enfrentar o processo? Como poderia?aperto de mãos de apoio

Quais os recursos que conhece para promover a integração do seu filho ou filha adolescente nessa “selva digital”, que não pode ser ignorada?

Mesmo que o pai ou a mãe tenha muito esclarecimento, experiência, paciência, etc. Em termos de terapia – tentando agir como pais terapeutas –  não há muito que possa fazer.

Pois não existe o treinamento para lidar com uma situação tão complexa como essa, e ainda que tivesse, a maior barreira é outra.

No universo do seu filho ou filha, os pais são “seres de outro planeta”, que não compreendem mais o mundo como ele realmente é.

A Difícil Tarefa de Encontrar um Terreno Comum

Todos nós já fomos adolescentes, mas, ao longo do tempo, passamos a encarar os problemas que tivemos naquela fase, como uma “bobagem”.

Perdemos a conexão com a carga de sentimentos, que estavam envolvidos em cada uma daquelas pequenas dificuldades do dia a dia de um adolescente.

As redes sociais são apenas um acelerador moderno; as sensações e desilusões, por outro lado, são muito similares.

Menina pensativa Mas, se tentar se aproximar de seus filhos, dizendo que já passou por aquilo, seja lá qual for o tipo de bullying, eles não acreditarão.

Como você também não acreditaria em sua época. Porque muitas coisas são iguais e outras tantas são diferentes.

Porque, por mais experiência que tenha tido, sua conexão pessoal já passou. Agora, no máximo, consegue ter empatia pela situação de seus filhos.

Sua retrospectiva pode ajudar a melhorar a autoestima do seu filho

Um ótimo exercício seria imaginar uma situação pela qual você tenha passado, tentar reconstruir o momento e as sensações.

Lembrar como foi doido na época e então, imaginar como reagiria a qualquer comentário de seus pais.

Se a sua autoestima estivesse destroçada pela crueldade tipicamente adolescente, é provável que não quisesse conselhos, apenas aceitação.

Porque é isso que todos queremos, é isso que precisamos para sermos socialmente funcionais.

A autoestima precisa ser cultivada pela aceitação pura e simples, sem julgamentos morais e dúvidas racionais.

E mesmo assim, é preciso lembrar, sempre, que apenas a aceitação familiar, nunca será suficiente.

Nenhum ser humano é completo, se não conseguir ser aceito na comunidade, além das paredes do ninho familiar.

Quanto a isso, há pouco que se possa fazer. É preciso considerar as particularidades de personalidade, compreender as motivações além das reações aparentes, o que nunca é uma tarefa fácil.

A diferença entre compreender e saber

 Para concluir este artigo, quero que tenha em mente algumas coisas:

  • Frases como “eu sei o que é isso” soam professorais. O que você precisa é de uma forma de comunicar aos seus filhos que ele compreenda;
  • Que sabe que não pode fazer nada para ajudar, a não ser estar ali, para ouvir suas lamentações;

Porque você não tem como resolver problemas de bullying, se intrometendo na vida deles. Os filhos são seus, mas, a vida é deles.

O sofrimento é deles e a autoestima, ou a falta dela, também é deles. O melhor que pode fazer, é expor seus próprios problemas.

Mãe e filha juntas Mostrar que também é humano, que sofre, ainda que não pelos mesmos motivos, mas, sempre com a ideia geral, de fortalecer a sua persona e a de seus filhos. Isso faz com que aprendam que são únicos e ao mesmo tempo, dignos de admiração.

A terapia, especialmente sustentada na Gestalt-Terapia é sempre uma alternativa.

Mas, o começo está sempre nesta aproximação compreensiva, que exclui os julgamentos da relação familiar.

Não permita que o sofrimento do seu filho ou filha adolescente se prolongue, entre em contato, eu sei como ajudar!

girassol

Deixe uma resposta

Por favor entre com o seu comentário
Por favor preencha o seu nome