A solidão pode ser um estado permanente?

É possível que você seja uma pessoa solitária, em vez de apenas, estar se sentindo desta forma?Pessoa em solidão

Para ser mais clara, não existe uma solidão única, mas, formas de solidão.

Algumas, desembocando em sentimentos de pânico e medo. Podem gerar um comportamento de isolamento social que pode se agravar ao longo da vida.

Outras, podem ser apenas reflexos de um momento pessoal. Ou ainda, uma característica comportamental, com a qual podemos aprender a conviver.

Seja como for, a solidão pode ser pessoalmente devastadora e um fardo compartilhado com as pessoas a nossa volta.

Uma pessoa solitária, pode não estar sozinha, apenas, se sentir desta forma, a partir da maneira como interpreta o mundo.

Para simplificar, digamos que você tenha a mais absoluta certeza de que ninguém te entende em sua família.

Como consequência, passa a preferir cada vez mais o isolamento e quanto mais se fecha em si mesmo, menos as pessoas entendem seu comportamento.

No extremo desta sequência de eventos, suas reações a interação com as pessoas, passam a ser baseadas em desconfiança.

Da desconfiança, pode desenvolver o medo e deste, pode chegar ao pânico. Tudo isso, por se distanciar da realidade compartilhada.

Como se cada vez que disséssemos qualquer coisa, todas as pessoas a nossa volta, fossem incapazes de entender nossos sentimentos.  Ou, formas de pensar, enquanto na realidade, nossa forma de pensar e de ser, é uma parte de um todo, sem o qual, sequer poderia existir.

Do isolamento à solidão e desta, ao desespero

Principalmente quando somos jovens, é normal que tenhamos de conviver com pessoas com visões de mundo muito diferentes da nossa, especialmente, no seio familiar.  Neste cenário, algumas pessoas constroem uma resposta padrão as diferenças pessoais, baseada no isolamentoCoração aceso sozinho

Ou seja, “cansam” de argumentar, passando a acreditar que não há como convencer o outro (seja quem for), de que sua percepção de mundo é válida.

O problema nesta reação, está no fato de acreditar que existe a necessidade de fazer os outros compartilharem as suas percepções de mundo:

  • De que isso é necessário para que gostem de você;
  • Para que te aceitem do jeito que é ou,
  • Para que te amem.

Vamos pensar num exemplo:

Digamos que todas as pessoas da família estejam insistindo para que você faça uma faculdade. Você não deseja fazê-la, porque não acredita naquele caminho. Como não se sentir isolado neste caso?

Se todos insistem o tempo todo nisso, sua vida se tornará impossível e a tendência é que busque alguma paz no isolamento.

Cresce a certeza de que ninguém está do seu lado. De que são incapazes de entender suas aspirações (ou a falta delas).

O seu isolamento passa a ser culpa delas; da falta de capacidade delas, em entender seus anseios pessoais.

Você desenvolve a certeza dessa incapacidade e, pode chegar a ter reações diversas, a maioria das quais, não percebe. Essencialmente, porque está apenas reagindo a um estado emocional do qual, se tornou um prisioneiro involuntário.

Por mais que se sinta racional dentro da solidão, lentamente, o fato de estar só, naquele momento, pode se transformar em medo de ser só pelo resto da vida.

Exercitar a compreensão da realidade como forma de evitar o pior

A única maneira de evitar que o isolamento se transforme em uma resposta comportamental padrão, é aprender a enxergar a realidade além de nós.Moça pensando sozinha

Você pode ter certeza de que sua família te ama e quer o melhor para você, mas, também pode ter certeza de que não abrirão mão de suas convicções.

Para eles, aquela faculdade é o único caminho possível para a sua vida, ainda que você não veja desta forma.

Ao mesmo tempo, se parar para pensar, vai perceber que entre estas duas percepções de mundo, normalmente, existe um espaço comum.

Que talvez, a discussão não seja a faculdade em si, mas, a preocupação com o futuro, que para eles é importante, mas, não é para você.

Resolver estas diferenças definitivamente, obviamente, não é uma tarefa fácil, porque exige esforço conjunto.

Mas, se nós internalizamos a ideia de que tudo isso é responsabilidade das pessoas, não tomamos consciência da nossa parte na resolução do problema.

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E o medo acompanhado da culpa pode deixar tudo pior

 A falta de habilidade para a convivência, e a facilidade que é “apontar culpados” não nos ajuda em nada.

Se não escolhemos a solidão, mas ela insistentemente nos acompanha estamos diante de um desafio ainda maior. Encarar os motivos reais que levaram até este sentimento.

Situação que exige uma análise profunda, a fim de identificar onde estão as “rupturas” da relação consigo e para com os outros.

Pessoa no balanço sozinha

Lembre-se:

Se sentir sozinho e estar sozinho são coisas diferentes!

Você pode e deve se sentir imensamente feliz sem depender da companhia de alguém.

Mas é preciso resgatar o seu “eu”, e colocar em prática o amor próprio!

Através da Terapia, você pode fortalecer seu amor próprio e passar a ter uma vida mais saudável. Se precisar de ajuda, procure!

 

 

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